sábado, 31 de julho de 2010

Sobre compreensão e respeito...

Nessa semana dois colegas mostraram, via twitter, um total descontentamento com os Trending Topic* que estavam repletos com os nomes dos integrantes do grupo musical Restart.

Ambos vociferaram opiniões acaloradas sobre como o referido grupo estava influenciando a atual geração no modo de se vestir (calças coloridas, dentre outros acessórios) e principalmente no que tange a sexualidade.

Segundo eles, grupos como o Restart estariam influenciando meninos e meninas a se envolverem em relações homossexuais.

Tal afirmação, considero eu, é muito pesada. Só um estudo muito aprofundado seria capaz de dizer se sim – em qual nível – ou se não.

Não quero aqui discutir a qualidade ou preferências musicais, só quero trazer uma reflexão quanto a esse posicionamento um tanto homofóbico.

Das impressões que trago comigo tiro que a atual geração não sofre influências no que se refere à orientação sexual, e se sofrem essa se dá em menor grau do se dava na minha, por exemplo, que era sim influenciada por preceitos morais e costumes rígidos e tantas vezes desumanos. Ou você era heterossexual ou estava condenado a viver à margem de tudo e de todos.

Ao meu ver, os jovens dessa geração - atacada pelos meus colegas - são, na verdade, mais flexíveis quando o assunto é orientação sexual. Demonstrando uma humanidade sem precedentes no que se refere a lidar com o diferente. Estes buscam entender e valorizar as pessoas independentemente da orientação sexual.

Bom, a minha opinião também não é fundada em pesquisas tampouco em estudos sociológicos. Trata-se apenas daquilo que sinto; daquilo que vejo no meu dia-a-dia. Contudo, espero não estar errado, pois considero essa tolerância algo muito benéfico para o nosso futuro.


* termo utilizado para os assuntos mais comentados no site.


PS.: já faz um tempo que eu quero colocar alguma coisa pop por aqui, acho que agora chegou a hora. Apresento, assim, a quem ainda não conhece, a figura de Kele. Me chama a atenção a forma como ele trata de temas rotineiros, a carga de emoção que coloca em suas músicas - as referências em sua composição - bem como a fotografia do vídeo abaixo:


Com uma pequena ajuda dos meus amigos...

Certa vez tive um amigo que falava aquilo que eu não queria ouvir.

Noutra época tive outro que não precisava falar para ser entendido... Contemporâneo a este tive outros três - com eles tudo era festa, sonho... quase utópico.

Depois surgiu um bastante engraçado ao mesmo tempo que crescia o sentimento por outro que era visto como amargo.

O Amargo azedou e assim tombaram-se os dias... O muito engraçado se zangou e agora vez ou outra contamos com um : - Olá!

Como o utópico, na prática, não existe: se foram os 3.

Calma! A vida é assim. Bons ventos trazem. Contudo, algumas marés levam.

Mas, contrariando aquilo que se fazia presente, o calado que se fazia entender nem o tempo ou a distância nos separa. E com aquele que falava o que precisava ser dito celebro, vez e sempre, com uma e outra gelada!

O que quero dizer - mesmo com pobres rimas - é que ao longo da jornada feliz aquele que tem com quem contar!



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lula, infelizmente, não vai ligar...

Uma vida, para ele, não é mais importante que a "bem" sucedida política externa brasileira!

Apóia o louco do Irã quando o assunto é energia nuclear (leia-se construção da Bomba Atômica), mesmo indo de encontro a inúmeras nações que são signatárias do respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana.

Se manifesta! Grita! Ironiza! Tudo em busca de um improvável assento na mesa principal da ONU.

Agora quando é para salvar a vida de uma mulher cujo o crime foi, pasmem, namorar após a morte de seu marido. Se cala... Falar vai de encontro à Soberania daquele país. Faz o mesmo aqui na América do Sul no que tange as barbaridades cometidas por Hugo Chávez. Política externa estranha a nossa, viu! 



Sabe de uma coisa!? Porque o senhor não se cala de uma vez!?

terça-feira, 27 de julho de 2010

Bad trip...

Quantos “crimes” cometemos ao longo de nossas vidas?

Vilipendiamos a moral, o equilíbrio emocional das pessoas com pequenos gestos, com pobres palavras que por vezes são demasiado pesadas.

Por vezes negligenciamos o amor que nos é ofertado... E a maioria dos que este nos oferece quase nada esperam em troca. Talvez amor de volta...

Negamos aquilo que nos diferencia... Porque agimos assim?

Pior de tudo é ter a consciência dos atos... Entre o impulso e a razão, frações de segundo. Nesse insignificante lapso temporal, sofrimento.

Dói ainda saber que erros foram cometidos ao longo de todo o processo...

Quedar-se inerte diante de qualquer injustiça é tão ou mais pesado que cometê-la.

Será que depois da tormenta, da dor, ainda resta espaço para o perdão? 


O analfabeto político - Bertolt Brecht

Em tempos de eleição nada me soa mais familiar que as palavras declamadas no vídeo abaixo...

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Diário de bordo - Cuiabá/Patagônia

Galera, antes eu tinha um espaço no qual buscava compartilhar as minhas viagens (todas elas) mas como este esta a muito desativado, vou colocar alguns dos textos de lá aqui. Até para fazer jus à descrição deste espaço, enfim...

O texto abaixo é, na verdade, um diário de bordo de um mochilão realizado no início do ano passado.

Espero que gostem...

31.01.09
Pouco mais de uma da matina... Mais uma vez deixei um tanto de coisas para a última hora (um dia largo mão da teoria NHS - Na Hora Sai).
Aqui inauguro o meu diário de bordo da viagem que irei iniciar, acompanhado dos ainda sem "nomes" Luiz, Karen e Carlos, rumo à Patagônia...
Sempre que possível irei deixar aqui as novidades e curiosidades da empreitada.
Primeiro comentário:
enquanto eu estou aqui, nos derradeiros preparativos para a viagem, meus companheiros estão na balada... rs


La Hermandad!

03.02.09
Chegamos hoje em Buenos Aires, no caminho entre Posadas (cidade argentina na qual dormimos ontem) e a capital tivemos alguns problemas com a polícia regional. Nada que uma generosa propina não tenha resolvido.(obs. sou contra tal atitude, mas outras coisas nos motivaram a agir assim...)
Viagem tranqüila, o grupo esta numa sintonia perfeita... Passamos o tempo todo sorrindo.
As estradas da Argentina são um exemplo a ser seguido pelo Brasil... Ótima sinalização e ótimo estado de conservação... Sem contar a paisagem.
Os argentinos são muito educados, apaixonados por futebol como não sonhamos ser. Estão sempre prontos a ajudar e, de uma forma ou de outra, ate gostam dos brasileiros.
Posadas é uma cidade muito agradável. As margens do Rio Paraná e fazendo divisa com o Paraguai, apresenta uma arquitetura interessantíssima. Vivem um vida muito tranqüila.
Primeiro contato com Buenos Aires foi de tirar o fôlego, primeiro pelo transito (muito rápido) depois pela arquitetura. O hotel e muito bom...



Cataratas!


04.02.09
Hoje vou escrever antes de beber... rs

Ontem a noite foi perfeita. Música, comida, bebida e muita conversa com pessoas do mundo todo. Hoje pela manhã saímos para um tour nos tradicionais Porto Madero e Recoleta (túmulo de Evita e afins). Estamos a cada dia mais impressionados com o povo, com a cultura dos argentinos. Sem contar a arquitetura, que é impressionante.
Agora a noite tratamos de cuidar da comida, um clássico macarrão o qual compartilhamos com os já BROTHERS ingleses. Daqui a pouco Lições de Tango e Salsa.

PS. Detalhes dos dias só serão revelados pessoalmente, de preferência em mesa de bar. Rs



05.02.09
Passamos boa parte do dia dentro do albergue, isso por conta de uma chuva aqui em Buenos Aires. Mais tarde saímos para mais uma empreitada. Mais ou menos 4h de caminhada pelo centro da cidade. Aproveitamos para degustar um Alfajor HAVANA, e comprar lembranças.
No final da tarde, em frente ao congresso nacional, "participamos" de um panelaço (não tem como fugir)
A noite não saímos do albergue. Festa para os mochileiros da cidade... Destaque para a Stela, nossa grande companheira da noite...




06.02.09
Hoje acordamos cedo, aproveitamos o generoso DESAYUNO do albergue, seguimos para o tradicional La Boca... Lugar incrível, de uma atmosfera sem igual... No ar, o Tango em sua plenitude... Acho que foi o contato mais intenso com os Nativos. Futebol, Tango e Che...
No meio da tarde voltamos para o hotel e resolvemos desbravar o outro lado da cidade, agora de carro... Verdadeira aventura... Detalhe, o trânsito daqui é de fazer inveja... Adorei dirigir aqui.
Agora a noite vamos a uma Milonga... Colocar em prática o que aprendemos nos últimos dias.



09.02.09
Chegamos hoje à Bariloche. Não tenho muito o que dizer senão que o lugar é de tirar o fôlego. A cidade tangencia um Lago Gigante de águas cristalinas. No horizonte uma cadeia de montanhas com porções de neve... Amanhã sairemos cedo, rumo à uma caminhada no Cerro Tronador.






12.02.09
Pessoal, esta difícil atualizar o diário... Mas o resumo dos últimos dias segue abaixo
Dia 10 fizemos uma "pequena" caminhada rumo ao topo do Cerro Catedral. Teoricamente seria uma trilha tranqüila, uma jornada de 4h. Mas depois de algumas izquierdas e derechas, dividimos o grupo. Eu, Natasja (una chica holandesa) e Jonas (brother paulistano) seguimos pelo trajeto mais difícil, enquanto os outros três integrantes da Irmandade seguiram rumo ao aerocilla. Cumprimos com objetivo com quase 8h de caminhada, escaladas e afins... sem comida e com pouca água... Mas, foi muito gratificante. A vista da cordilheira dos andes daquele ponto é espetacular.





A noite preparei Trutas assadas. Sucesso total no albergue. 
Na madrugada seguimos para um pub irlandês. Old Music e muita cerveza fria.
No dia 11 acordamos daquele jeito, querendo continuar na cama. Mas o tempo é curto e temos muita coisa para ver. Seguimos para Cerro Campaneiro.
Mesmo depois da experiência do dia anterior, resolvemos caminhar até o topo da montanha. Mais uma vez valeu muito a pena, e desta vez foi muito mais tranqüilo. Vista linda de Bariloche. Uma torta maravilhosa de limão e outra de mil folhas com dulce de leche.






No albergue, Luiz cuidou dos preparativos do jantar. Clássico Espaguete à Bolonhesa.
Executamos o ritual do vinho na gelada Bariloche. E para finalizar, Brazil 5 x 2 USA (Eu e Carlitos estamos fazendo história nos campeonatos de sinuca).
Pela manhã seguiremos rumo à El Calafate. A viagem será daquelas, previsão de pouco mais de 30h de viagem. Já carreguei o Mp3 Player e saquei o livro da sacola, vou precisar!



13.02.09
Ufa!!! Chegamos!!! Depois de 30h de viagem, esta um tanto pitoresca, chegamos à El Calafate. Cidadezinha acolhedora, muito linda.

Mas quero falar mesmo é da epopéia que foi a vinda de Bariloche pra cá. As primeiras 5h se deram em meio a uma paisagem muito parecida com a de Bariloche, montanhas com picos nevados, bosques verdes, riachos e lagos de águas cristalinas. Ao entardecer, fomos contemplados com um por do sol (que aqui se dá por volta das 22h) magnífico, que perdurou o tempo suficiente para nos transportar para vários outros lugares. Com o sair da Lua, os primeiros sinais do Deserto Patogônico.
O nascer do Sol foi pintado com uma aquarela com os vários tons de vermelho, lilás e amarelo. No Ônibus um silêncio imenso... Todos acordados contemplando aquela maravilha. Com o dia já menino, podemos observar a amplitude do Deserto, um lugar sem igual. Mais uma vez paz... Aquela paisagem nos remete direto a tantas outras conhecidas, às pessoas queridas, aos momentos que guardamos dentro de nós, aos pensamentos mais escondidos.
Do deserto uma solidão amiga. Das reflexões a certeza de que somos muito pouco comparado às grandezas da natureza e das forças que não compreendemos.
Nesses momentos, trilha sonora: COLDPLAY, MILES DAVIS e LOS HERMANOS.
Às 12h, depois de uma parada em Rio Gallegos, um "casal" de ingleses deram início a uma peregrinação atrás de uma câmera digital. Entra polícia, sai polícia, entra polícia denovo... Depois de muita paciência por nos dispensada, TCHARAM
à A máquina estava embaixo da poltrona onde as figuram estavam... E o Vovô – profeta –  disse para a mais alegre das figuras: MIRE ABAJO DE SU BUTACA!
Às 18h chegamos em El Calafate.... Cidade amistosa, acolhedora... O Albergue tem a melhor estrutura até agora. Depois de um generoso Banho, jantar na praça, alguns instantes no Cassino, um sorvete (muito gostoso, por sinal) e cama (internet, no meu caso... só para fazer constar), Amanhã o dia começa cedo e atingiremos o clímax da Viagem...
GLACIAR PERITO MORENO





17.02.09
Pessoal, os últimos dias têm sido muito corridos. Assim, vou fazer um breve resumo.
Dia 14 conhecemos, finalmente, o Glaciar Perito Moreno. O lugar é incrível (acho que as fotos falam um pouco por si), e ver a emoção do Luiz tornou o momento ainda mais incrível.
Valeu até ter a mão quase congelada por aqueles "aires".




No dia 15 cruzamos a fronteira, e na cidade de Puerto Natales (Chile) conhecemos um casal de chilenos, Jorge e Elisabeth, que além de muito legais, nos proporcionaram significativa economia... Providencial na reta final da jornada.

No dia 16 conhecemos parte do Parque Nacional Torres del Paine (Chile). Lugar incrível, muito lindo. A cada curva uma nova paisagem. As quatro estações em um único dia. A cada curva da estrada uma paisagem diferente e encantadora. Tudo no superlativo. Me senti na terra média, num dos capítulos de Senhor dos Anéis.
Geleiras, cachoeiras, Glaciais e muitos animais, picos gelados, lagos com águas que vão do Verde esmeralda ao azul marinho. No final do dia conhecemos a Cueva del Milodon, muito interessante.







Já no albergue, tradicional Espaguete do Vovô. E Poker com os Judeus...
Daqui a pouco sairemos rumo à Punta Arenas, ver os primeiros pingüins e conhecer o Estreito de Magalhães (momento muito esperado por este que vos escreve).



21.02.09
Galera, os dias em Punta Arenas passaram rápido. Valeu muito ter conhecido o Estreito de Magallanes, confesso que fiquei emocionado. Desde que vi um documentário sobre a História da epopéia vivida pelo português desejei passar pelo local. Acho que foi o meu melhor momento no Chile.


Karen e o Estreito de Magallanes

Já estamos em Ushuaia "El fin del Mundo". A cidade é Linda, e as belezas naturais desta região tem nos encantado dia após dia. A cidade é circundada por uma cadeia de montanhas com os picos gelados, na base destas um bosque de verde intenso. O Canal Beagle (outro lugar que queria muito conhecer, por ter sido palco de uma das maiores e mais polêmicas teorias cientificas) acompanha a cidade mais austral da Argentina (a do mundo o Chile clama como sua, Puerto Willians, a qual também conhecemos).



Hoje aqui em Ushuaia fizemos um passeio de barco, percorremos um bom pedaço do Canal Beagle passando pelas Ilhas dos Passáros, dos Lobos, Bridge e do Farol, e por fim La Pinguineira, onde podemos observar uma colônia de pingüins...



No jantar, La Hermandad toda na cozia. Omelete com Bolo de carne e salada. Duas garrafas de vinho e, SALSA, MERENGUE e AFINS na noite fria da cidade.


Amanhã partiremos para mais um trekking, 5h de caminhada por um dos parques da região... Vamos em busca de mais um Glaciar...


Com o dia cerrado, jantar e vinho no albergue. Naquela noite conhecemos um grupo de argentinas, um francês (que insiste em falar sobre Zidane, tsc), um alemão e três israelitas.
Na madrugada, Irish Pub e Kaitek (local regional freqüentado pelos nativos que curtem ritmos latinos).
No almoço do dia seguinte, TENEDOR LIBRE… Chocolate quente e otras cositas mas…
Após a siesta, Eu, Karen e Carlitos visitamos alguns museus… que ficam instalados num antigo presídio de Ushuaia.

Pessoal, a viagem esta chegando ao fim. Hoje foi, praticamente, o último dia da Hermandad em Ushuaia, digo isso porque amanha partiremos cedo para Buenos Aires.

Acho que por conta de tudo o que estamos vivendo, me encontro numa zona gris… uma saudade dos dias com os meus ao mesmo tempo que me “extraña” todos os lugares e personas que aqui conhecemos… Mas este sentimento é bom… Só sentimos falta daquilo que nos faz bem…


Por um problema no embarque acabei ficando mais um dia aqui em Ushuaia, mas os demais integrantes de La Hermandad já estão em Buenos Aires. Achei que ia ficar sozinho mas acabei sendo acolhido pelo grupo de argentinas e pelo Stephen (grande parceiro estadunidense). Com o novo grupo fui rumo ao Parque Nacional de Ushuaia. Local maravilhoso, vou deixar que as fotos falem por si.


Em retribuição à calorosa acolhida pelo novos amigos, resolvi preparar um jantar de despedida. No cardápio Centolla (caranguejo gigante da Antártida), Paella de Camarão e vinho. Como diria meu amigo Diminhas, SUCESSO!


10.03.09
Bom, galera! Agora já estou escrevendo aqui de casa. Viagem de volta foi super tranqüila mas não esta sendo nada tranqüilo escrever o derradeiro texto.
Eu sempre digo que o que mais nos marca nessas viagens, nos mochilões, são as pessoas que conhecemos. O contato com a cultura, com integrantes dos mais diversos povos é algo que não consigo explicar com palavras. Tal experiência nos marca de uma forma tão complexa que não conseguimos apagar os novos traços que passamos a carregar, o sorriso e o brilho no olhar surgem no exato momento em que escrevo. Lembranças Inesquecíveis.
Mas essa viagem ainda teve algo a mais e este tem nome – La Hermandad – O trio de amigos – Luiz Gustavo, Carlos Perlin e Karen Okubara foram e são a melhor companhia que qualquer pessoa possa querer, possa imaginar. Inteligentes, alegres, aventureiros, parceiros sem igual.
Anseio hoje em poder sentar em qualquer lugar/tempo com este grupo para relembrar os dias que vivemos... Melhor ainda será viver novas aventuras com La Hermandad.

Abraços a todos aqueles que nos acompanharam nos últimos dias! Vocês também fazem parte das histórias!

PAZ e BEM... 

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Crack - Questão de saúde pública!

Galera, há dias venho observando que o consumo desta droga esta crescendo na seio de nossa comunidade. Até pouco tempo atrás só era comum observar usuários num segmento da Miguel Sutil compreendido entre o viaduto da Av. do CPA e o viaduto da Av. Fernando Correa. Mas semana passada pude observar usuário na Av. do CPA, próximo ao TRT, e na Av. Mato Grosso. Já estava bastante preocupado mas hoje a coisa ficou ainda pior...

Fui correr na UFMT e vi estudantes consumindo a droga perto do Pq Aquático.

A expansão do consumo dessa droga, de alto poder entorpecente e viciante, esta aumentando em progressão geométrica. De baixo custo, no início só era utilizada por pessoas situadas na linha abaixo da pobreza. Acontece que agora ela atinge a todas as camadas sociais diretamente. Se antes já era preocupante, agora nem se fala.

Ao ver estudantes da UFMT que teoricamente possuem acesso à informação consumindo CRACK percebi que este problema, notoriamente questão de saúde pública, esta muito mais próximo de nós do que poderíamos imaginar.

Mas o grande questionamento que faço é qual o nosso papel no combate a esta DROGA? O que nós, integrantes da sociedade, podemos fazer para reverter/combater/minimizar este quadro?

Será que não caberia realizarmos um simpósio, um painel no qual discutíssemos o assunto de forma interdisciplinar? Será que não cabe uma mobilização, uma campanha de conscientização organizada por nós, integrantes da sociedade Cuiabana?

Eu estou à disposição, e vcs?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Há racismo no Brasil?!

Infelizmente, há!

E este se dá de uma forma perversa, a todo momento... sem cessar!

Em nosso dia-a-dia nos deparamos com situações que são verdadeiros atentados à dignidade da pessoa humana. 

Dias atrás fui acionado por uma pessoa que, naquele momento, acabará de presenciar uma cena ridícula - mas rotineira - de agressão racial. No mesmo instante fui ao local para averiguar o ocorrido e orientar a vítima sob como proceder.

Ao chegar no local o agressor já havia se retirado.

A vítima, aos prantos... Cena deplorável.

Pior ainda por ter se dado entre colegas de sala de uma turma do ensino superior... Aqui não cabe dizer qual instituição ou mesmo o nome dos envolvidos, vou me restringir ao fato em si e o que ele representa em nossa sociedade.

Deparando-me com a vítima naquele estado, e sem ter como acionar a Polícia para o flagrante uma vez que o agressor já não estava mais lá, optei por levá-la à Delegacia para lavrarmos um Boletim de Ocorrências.

Chegamos na central de atendimentos da Polícia Civil de MT, esperamos um bom tempo até sermos atendidos - isto cabe noutro post - e ao sermos atendidos a constatação mais triste que poderia ter. 

A servidora responsável pela redação do Boletim soltou "pérolas", uma atrás da outra, tão ou mais pesadas do que as que nos motivara a ir àquele local.

Coisas do tipo: "Isso é um absurdo, há muitas pessoas da sua cor que já se deram bem na vida." "Eu conheço negrinhos bem trabalhadores." "Mais você é tão bonita, porque ele te chamou de Preta?" E daí por diante...

Mais dolorido ainda foi ver nos olhos da - novamente - agredida que aquilo era normal, era rotineiro. Seu semblante não se alterou diante daquelas fétidas palavras, agia de forma muito natural. Aquilo partiu o meu coração - desculpem-me pelo clichê, mas foi assim que me senti.

A vontade era a de lavrar outro boletim de ocorrências, agora contra a própria servidora... Mas fiquei atônito com a cena, não conseguir sequer esboçar uma reação.

Desde então, reflexões me vieram... E divago...

Ai, assistindo ao excelente Ó PAI Ó com os fenomenais Lázaro Ramos e Wagner Moura, me deparei com uma cena na qual eu escutei o grito que eu gostaria de ter escutado naquela noite... Desejo que este e todo o seu significado ecoe por nossos pensamentos, ecoe em nossa sociedade... 

Segue abaixo o grito... que muitos ainda guardam consigo...